quarta-feira, março 31, 2010

Termina mais um BBB - BIG BROTHER BRASIL

Não conheço o autor, mas, se souber que é ficarei feliz em lhe dar o devido crédito. Faço coro com seu discurso e minha parte na divulgação deste texto está sendo feita aqui.
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Como funciona o ESQUEMA:

35.000.000 (milhões) de ligações do povo brasileiro votando em algum candidato para ser eliminado. Vamos colocar o preço da ligação a R$ 0,30 (trinta centavos) e só. Então, teremos... R$ 8.700.000,00. Isso mesmo! Oito milhões e setecentos mil reais, que o povo brasileiro gastou (e gasta), em cada paredão!

Suponhamos que a Rede Globo tenha feito um contrato “50% por 50%”, ou melhor,”meio a meio” com uma operadora de telefonia, ou seja, ela embolsou R$ 4.350.000,00.

Repito:

Alguém poderia ficar indignado com a Rede Globo e a operadora de telefonia ao saber que as classes menos letradas e abastadas da sociedade, que ganham mal e trabalham o ano inteiro, ajudam a pagar o prêmio do vencedor e, claro, as contas dessas empresas.

Mas o "x" da questão, caro(a) leitor(a), não é esse. É saber que paga-se para obter um entretenimento vazio, que em nada colabora para a formação e o conhecimento de quem dela desfruta; mostra só a ignorância da população, além da falta de cultura e até vocabulário básico dos participantes e, consequentemente, daqueles que só bebem nessa fonte.

Certa está a Rede Globo. O programa BBB dura cerca de 3 (três) meses, ou seja, o “sábio público” tem ainda várias chances de gastar quanto dinheiro quiser com as votações.

Aliás, algo muito natural, para quem gasta mais de R$ 8.000.000,00, repito,
*** OITO MILHÕES DE REAIS *** numa só noite! Coisa de país rico como o nosso, claro!

Nem a UNICEF (órgão das Nações Unidas para a infância), quando faz o programa CRIANÇA ESPERANÇA, com um forte apelo social, arrecada tanto dinheiro...

Vai ver, deveriam bolar um "BBB Unicef". Mas, tenho dúvidas se daria audiência. Prova disso, é que na Inglaterra, pensou-se em fazer um BBB só com gente inteligente. O projeto morreu na fase inicial, de testes de audiência.

Qual o motivo do fracasso?

O nível das conversas diárias foi considerado muito alto, ou seja, o público não se interessaria.

Programas como BBB existem no mundo inteiro, mas explodiram em audiência em países de 3º mundo...

Um país como o nosso, onde o cidadão vota para eliminar um bobão ou uma bobona qualquer, mas, não se lembra em quem votou na última eleição...

Que vota numa legenda política sem jamais ter lido o programa do partido, mas que gasta seu escasso salário num programa que acredita ser de extrema utilidade para o seu desenvolvimento pessoal e, que não perde um capítulo sequer do BBB para estar bem informado na hora de PAGAR pelo seu voto...

Que eleitor é esse? Depois, não adianta dizer que político é ladrão, corrupto, safado, etc. Quem os colocou lá? Claro, o mesmo eleitor do BBB! Aí, agüente...

- As absolvições dos Renans Calheiros...
- Os Aumentos dos IOFs...
- As Falências dos Sistemas de Saúde...
- As Epidemias de FEBRE-AMARELA...
- Os 40 Ladrões do Ali Babá...e de quebra...

Trabalhando igual a um BURRO mais de 5 (cinco) meses por ano para sustentar nefastas instituições ABSOLUTAMENTE DESACREDITADAS pela sociedade. Enfim, estamos no início de mais uma temporada do BBB, sigla que reflete, como nenhuma outra, a PROSTITUIÇÃO de valores de nossa sociedade.

Enquanto isso a grande vilã das comunicações - Rede Globo - continuará se enchendo de glória e dinheiro com o patrocínio de canalhices ao vivo e a cores de 14 candidatos, a um grande prêmio, vitória pela maior habilidade em agirem como DEVASSOS das relações com o próximo.

Enquanto a sociedade der audiência a esse tipo de patifaria televisiva, a falência da família e dos valores morais e éticos não vão mais retroceder.

Estejam certos de uma coisa:

Os ILETRADOS e os APRENDIZES, vítimas da falência da cultura, da educação e da família, terão dezenas de horas de puro deleite de como ser falso, mentiroso, infiel, hipócrita, leviano, canalha, com todos os derivativos da falta de ética e imoralidade estando à mostra.

Mas o contribuinte não deve ligar mesmo, ele tem condições financeiras de juntar R$ 8 milhões em uma única noite para se divertir (?!?!),ao invés de comprar um livro de literatura, filosofia ou de qualquer entretenimento televisivo relevante para melhorar a sua articulação, a sua autocrítica e a sua consciência...

A Rede Globo sabe muito bem disso. o Gugú e o Faustão também; Os Cantores e Produtores das Bandas de Brega, de Pagode, das Músicas Baianas, também sabem disso...Ignorância dá Lucro.

Não é maldade nem desabafo.

“A ignorância é a mãe de todos os males!”
(François Rabelais - 1483-1553 – Escritor e Padre Francês).


- RPM -

segunda-feira, março 29, 2010

O que há de novo no Evangelho de Tomé?


Fragmento do manuscrito do Evangelho de Tomé

Novas descobertas de manuscritos continuam a expandir nosso conhecimento a respeito do que estava realmente acontecendo na antiguidade. O acolhimento de novos conhecimentos, por vezes, pode exigir de nós que criemos novas histórias. No entanto, como uma estudiosa da Bíblia, eu sou constantemente confrontada com o fato de que nossos velhos modelos acadêmicos são difíceis de eliminar. Por quê? Porque há uma resistência geral a mudar o entendimento anterior da Bíblia com base na descoberta de "novos" manuscritos não-bíblicos. Por um lado, a visão religiosa que a Bíblia é antiga, confiável e sagrada tornou-se um ícone cultural de nossa sociedade. Em segundo lugar, não só os crentes são investidos na manutenção da fé tradicional, mas os estudiosos são investidos na manutenção de seus anteriores pareceres acadêmicos.

Tenho notado que novas descobertas de manuscritos são muitas vezes rotuladas de uma forma que diminui sua importância, tanto nas comunidades religiosas quanto na academia. Estudiosos determinam que esses manuscritos "pós-encerramento” da Bíblia, permitem-lhes colocá-las sobre a mesa. Esses manuscritos são chamados de "gnósticos", para os estudiosos, significando que foram escritos por "hereges" que corromperam as Escrituras e que foram expulsos da Igreja, pelo fato de se recusaram a adorar o Deus Criador YHWH, prestando homenagem a "um deus" que eles acreditavam existir além do universo. Eles são considerados como "falsos", um termo jurídico que identifica os seus autores como criminosos que falsamente assumiram identidades apostólica. O que isso pode significar para 2 Tessalonicenses, Colossenses e Efésios (todos reivindicando a autoria de Paulo, mas provavelmente não escrita por Paulo) que raramente cruza a nossa mente, porque as letras bíblicas não podem ser falsas? Eles não são nem "anônimos" ou "pseudônimos".

Por causa dessa resistência, pode-se levar décadas para descobrir o que significa um manuscrito e colocar em prática um novo modelo que faça sentido para novos elementos. Pode demorar ainda mais para este novo modelo se tornar de conhecimento comum, distribuídos fora da academia.

Um caso ilustrativo é o Evangelho de Tomé. Está entre um dos mais de 50 textos descobertos em 1945 por beduínos no deserto do Egito e veio a ser conhecido como o codice de Nag Hammadi. Ao contrário dos evangelhos canônicos, que não contém uma narrativa da vida e ministério de Jesus, mas sim uma coleção de ditos de Jesus, alguns dos quais também são registrados nos evangelhos canônicos. Foi imediatamente rotulado gnóstico, tardio, secundário, biblicamente dependente de apoio e inautêntico. Assim como os modelos velhos morrem duramente, assim, também, as primeiras impressões do passado, hoje, se você abrir qualquer livro que trate do Evangelho de Tomé, você vai ver que é assim que é ainda descrito. No entanto, durante o intervalo de 50 anos, desde que foi publicado pela primeira vez, temos trabalhado muito duro para entender este texto. Nos esforçamos com o rótulo gnóstico por um longo tempo, até que se percebeu que os gnósticos não são um único grupo e que o Evangelho de Tomé não representa nenhum dos vários tipos que existem (Sethian, Valentiniano ou de qualquer outra comunidade cristã gnóstica), porque lhe falta referências à mitologia gnóstica distintiva, incluindo o recurso que os marca que é o deus de culto, não o Deus Criador YHWH, mas um deus além do nosso universo.

Se não é gnóstico, então como explicar o fato de que o texto tenha uma orientação esotérica, é pró-celibato, exige que os fiéis permaneçam solteiros, e favorece uma visão do fim do mundo como "realizado" (como muitos textos gnósticos não)? O Brasil e o Novo Mundo não são eventos do futuro, mas já vêm chegando sem que ninguém perceba. Então os discípulos perguntam a Jesus: "Quando os mortos irão descansar, e quando é que o novo mundo virá?" Jesus responde: "O que você procura veio, mas você não percebeu" (Tomé 51). Tal como no Evangelho de João, Jesus já lançou o fogo do juízo sobre o mundo. Jesus exige que seus seguidores procurem sinais de Deus antes de sua morte, a fim de obter a vida eterna, dizendo: "Contemple o Vivente enquanto estiver vivo, caso você morra e (então) pretendendo vê-lo, você não seja capaz de ver (ele) "(Tomé 59).

Os crentes não verão Jesus, que vinha com as nuvens, como foi ensinado por outros cristãos. Ao contrário, ele aparecerá para aqueles que se fazem como crianças, sem medo e sem vergonha: Seus discípulos disseram: "Quando você vai aparecer para nós? Quando vamos ver você? Jesus disse:" Quando você se despir, sem vergonha, tirar o seu vestuário, colocá-los sob seus pés como crianças pequenas, e pisar sobre eles. Então, [verá] o Filho do Deus Vivente, e você não vai ter medo "(Tomé 37).

Este ensinamento invoca a história do Gênesis no qual Adão era visto como uma criança antes da queda. No Evangelho de Tomé, ao voltar para o jardim como um Adão primordial, significa que você teve que renunciar ao seu corpo e abraçar o celibato. O estado ideal necessária para visões de Jesus, é um recriação do estado do indivíduo, não do cosmos.

O tipo de religiosidade encontrada no Evangelho de Tomé não é tão incomum. Você pode encontrar referências na literatura bíblica e não-bíblica. Não é nada mais do que uma expressão da mística cristã que se desenvolveu a partir de uma anterior, a apocalíptica orientava o cristianismo para um desejado fim imediato do mundo. Quando o fim não aconteceu, os cristãos foram obrigados a repensar e reescrever seus queridos ensinamentos apocalípticos.

Textos como Lucas-Atos (Atos 1,6-8) nos mostram que alguns cristãos optaram por adiar o fim indefinidamente através da criação de um longo período da igreja e seu ministério antes do final. Outros textos como o Evangelho de Mateus (24.36) racionalizada que o fim viria, mas nem mesmo o Filho sabe quando. Ainda outros, como João e Tomé desmoronaram do final para o presente, porque o mundo velho havia acabado com o fim da vida de Jesus, e, no Novo Mundo, começou com a igreja que agora estava experimentando todas as promessas do reino. No caso do Evangelho de Tomé, os cristãos estavam tentando viver como eles achavam que seria no final dos tempos, como os anjos no céu. Então, eles deixaram o casamento e o sexo acreditando que seus corpos já estavam sendo transformados nos corpos espirituais glorificados da ressurreição. Intimidade com Deus, visões de Jesus, o estatuto de igualdade com os anjos, o mundo novo, vida além-morte, estavam já a sua disposição.

Podemos até localizar esta forma mística do Cristianismo historicamente. É uma forma que se desenvolveu no leste da Síria no final do primeiro e início do segundo séculos, uma forma de cristianismo que era herdeiro de tradições místicas do judaísmo antigo e um precursor para mais tarde da Ortodoxia Oriental. Eu acho que “o lugar” de Tomé, no início do cristianismo, foi, originalmente, identificado erroneamente por representar uma espécie de cristianismo estranhos à tradição canônica, ou desviantes a partir dele. O Evangelho de Tomé foi erroneamente identificado no início, porque interesses teológicos ocidentais controlaram a sua interpretação dentro de um quadro ocidental cristão, que não podia explicar a sua estrutura, estranhamente místico. No entanto, agora sabemos que, em parte pelas descobertas de manuscritos como a coleção de Nag Hammadi, que houve uma multiplicidade de grupos, crenças e tradições das diversas comunidades cristãs primitivas. Estudiosos que rotulam erradamente o Evangelho de Tomé como gnóstico, terão que trabalhar duro sobre outras tradições que também pensavam ser estranhas, heréticas e tardias.

Velhos modelos e hábitos são difíceis, mas eles devem morrer.
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Apesar da tradução não estar suficientemente boa, acredito que este texto possa levá-lo a uma boa consideração a respeito de novas descobertas arqueológicas, dentre outras ciências que podem nos servir com novos subsídios, que deveriam promover uma releitura das Escrituras e, consequentemente, a uma nova reforma cristã tando em sua dogmática quanto em relação à práxis. Para tanto, quero lhe indicar a leitura do interessante livro de Brian Maclaren, A Mensagem Secreta de Jesus - Desvandando a verdade que poderia mudar tudo. Cuja sinopse se encontra abaixo.

Acredito que precisamos buscar cada dia, uma leitura mais coerente e menos constrangedora da realidade encontrada nas palavras de Cristo, uma leitura que já vem sendo requerida por meio do testemunho da Igreja na história, em que pese o cristianismo atual não estar ajudando os homens a promoverem um mundo mais fraterno, justo e solidário. Onde as Palavras do Senhor não estejam sendo distorcidas e sempre precedendo ações que escarneçam sua obra. Essa nova leitura deve levar o povo de Deus a amar mais seu semelhante e menos às coisas, bens, poder e prestígio, demonstrando em obras de fé, de fato e de verdade, que somos verdadeiros discípulos de Jesus (João 13.34,35).
Deus abençoe sua meditação e o conduza pelo poder de seu Espírito.

Brian McLaren propõe as perguntas mais relevantes que o Cristianismo poderia enfrentar: Seria possível que a Igreja entendeu tudo errado ou que tenha até mesmo distorcido intencionalmente a principal mensagem de Jesus? Todos acreditamos que Jesus estava certo, mas e se ele estivesse certo de uma forma completamente diferente? E se muitos de nós estivermos praticando uma religião que perdeu seus tesouros mais valiosos que estão escondidos na verdadeira mensagem de Jesus de Nazaré? McLaren nos convida para uma análise dura e uma reflexão profunda, cujos resultados e respostas encontrados poderão mudar radicalmente nossas idéias, prioridades e práticas espirituais.

Um momento de louvor

Monte Ebal ao fundo


“Bendize, ó minha alma, ao Senhor!”


"1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. 2 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios. 3 É ele quem perdoa todas as tuas iniqüidades, quem sara todas as tuas enfermidades, 4 quem redime a tua vida da cova, quem te coroa de benignidade e de misericórdia, 5 quem te supre de todo o bem, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia" (Salmo 103.1-5).


Alguns estudiosos afirmam que este salmo é fruto da gratidão de Davi a Deus, por Ele ter lhe perdoado o pecado no caso de Bateseba e Urias.

Alguém tão devoto a seu Senhor, sofreu tremenda angústia por seu pecado. Tanto pela culpa, quanto pelo peso do castigo que o afligiu. Assim, perdoado, Davi exalta a graça e misericórdia do Deus altíssimo.

V 1. Só quem reconhece seu estado miserável é capaz de atentar para o grande amor do Criador para consigo. Quem assim compreende, louva a Deus com todo o seu ser.

V 2. Deus, por seu amor e prazer em nos abençoar, enche-nos diariamente de motivos para louvá-lo.

V 3. Ele, pelo sacrifício de seu próprio filho, apagou de sua lembrança os nossos pecados, nossa culpa, cuidando de nós com benignidade, sarando nossas feridas e consolando nossos corações.

V 4. Deus, além de nos livrar da maldição da segunda morte, lançada sobre Adão e sua descendência, ainda nos promete e dá “vida, e vida em abundância” (Jo 10.10b), dando-nos uma natureza e cidadania celestiais, conforme a magnífica e perfeita proposta primordial de sua obra criadora.

V 5. Nossa velhice será uma eternidade vivida aos pés de Deus, que, apesar do passar dos dias e anos, manterá o vigor da nossa nova vida como a de um jovem. Com essa juventude gloriosa atravessaremos os séculos dos séculos.

A Ele, e somente a Ele, toda honra, louvor, glória e adoração.

sexta-feira, março 26, 2010

Crise de Identidade

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (I Co 15.58).


Visitando outras igrejas batistas em nossa cidade, observamos cada vez mais a pluralidade de ideologias sem teologia que tem permeado nosso meio. Uma crise de identidade assola nossas igrejas, causada pela imposição de uma cultura religiosa criada por denominações neo-pentecostais que, de forma irresponsável para com o Reino de Deus, inculca na mente dos evangélicos uma visão ambiciosa, utilitarista, pragmática e materialista da “bênção” do Senhor. Tão irresponsáveis quanto esses "pregadores" são aqueles que, com formação teológica de nível perior, abandonam seus conhecimentos e passam a fazer afirmações contraditórias à sua própria consciência denominacional.

Muitos líderes embarcam na inércia desse pragmatismo herege visando agradar os membros da igreja, buscando enchê-la de dizimistas que estão ali por causa de um culto que os leve a catarse, a uma fuga das lutas e mazelas do mundo. Realiza-se o culto para os membros da igreja, que pagam para serem divertidos, distraídos e alentados pelo evangelho das facilidades. Quando não se vive sob a verdade bíblica, serve-se da conveniência. Há quem se atreva a chamar essa verdadeira desordem de avivamento.

Entendo que avivamento nos leva a buscar firmeza de nossas convicções nas Escrituras Sagradas, permanecendo constantes no aprendizado e prática da nossa fé, desejar, buscar, conhecer e fazer a vontade do Senhor. Avivamento é uma chama que arde em nosso coração para servirmos a Deus e não para sermos servidos por ele, é a abundância e a plenitude do Espírito Santo que nos fazem amar ao próximo não com palavras, mas, de fato e de verdade. O avivamento não promove um culto cheio de atrações e sobrenaturalismos que satisfazem nosso ego, ao contrário, um avivamento que vem do alto promove cultos em louvor e adoração a Deus, que engrandecem seu nome, e provoca em nós o desejo de dedicarmos nossas vidas ao serviço cristão. Ao mostrarmos quanto somos gratos por termos sidos alcançados pela graça libertadora do Pai, por meio de Jesus Cristo, estamos totalmente vivos e abundantes no Senhor.

Se as práticas do mundo fossem interessantes para Deus, em seu culto ou em nosso cotidiano, o Senhor não nos chamaria de “separados”.

quarta-feira, março 24, 2010

"Roriz, o pai de todos"

Mudando um pouco de assunto, pois urge a reflexão sobre o contexto político de nosso país.
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São Paulo, 04/03/2010
Jornalista Leandro Fortes


Graças a Joaquim Roriz, candidato ao governo do Distrito Federal pelo PSC, à rotina de escândalos políticos de Brasília, simbolizada pela prisão do governador José Roberto Arruda (ex-DEM), agregou-se o deboche. Desde o dia 23 de fevereiro, Roriz aparece em rápidas inserções do programa eleitoral do PSC, do qual é presidente de honra, para se demonstrar uma inusitada indignação com o esquema de corrupção montado por Arruda e aliados no DF. As falas, visivelmente editadas, tentam compensar a incapacidade de articulação narrativa de Roriz, mas o elemento ofensivo do discurso não está na forma, mas no conteúdo. Roriz, pai de todos os escândalos do DF, nos últimos 20 anos, se diz indignado com o que vê. E não se trata de uma piada.

“É tão vergonhoso, é tão escandaloso e eu fico numa indignação, eu fico numa vergonha meu Deus do céu, como pode chegar nisso aí?”, pergunta Roriz, aos céus. “Mas, por outro lado, eu vejo firmeza na Justiça. A Justiça vai punir, a Justiça vai fazer como ela está fazendo. Então eu fico, por um lado eu fico com profunda decepção, e, por outro, cheio de esperança que a Justiça cumpra seu dever”, ensina o probo ex-senador do PMDB que, ocasionalmente, renunciou para não ser cassado por corrupção.

Joaquim Roriz, goiano de Luziânia, governou o Distrito Federal por quatro vezes, a partir de 1988, indicado bionicamente pelo então presidente José Sarney. Desde então, dedicou-se à construção física de currais eleitorais em forma de imensos e miseráveis assentamentos em torno da capital federal, aos quais se vinculou por meio de distribuição de lotes e por um discurso político populista e messiânico, deliberadamente repleto de erros de português e de citações religiosas. Ocorre que, em nome de Deus , Roriz já fez o diabo.

Contra o ex-governador há o registro de seis notícias crimes e cinco inquéritos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Trata-se de um rol que inclui desde racismo (chamou um eleitor de “crioulo petista, durante um comício) a improbidade administrativa, falsidade ideológica e crimes contra a fé pública. Mas, enquanto permaneceu no mundinho quadrado do Distrito Federal, Roriz sempre conseguiu se safar, de um jeito ou de outro, ora debruçado sobre genuflexórios das igrejas locais, ora derramado em lágrimas entre cabos eleitorais mantidos nas monumentais favelas que ajudou a criar em torno de Brasília.

Em 2006, Joaquim Roriz, então no PMDB, decidiu se candidatar ao Senado Federal. Embora tivesse uma vice candidata a sua sucessão, Maria de Lourdes Abadia (PSDB), a quem já chamou de “vadia” em um comício, em 1994, Roriz apoiou o candidato do PFL, hoje DEM, José Roberto Arruda. Foi dessa simbiose, iniciada anos antes, quando Arruda foi secretário de Obras de Roriz, que nasceu o escândalo apelidado de “mensalão do DEM”. Qualquer outra tese sobre o tema é escapista. Não há nada de rigorosamente novo no escândalo de corrupção do DF que não tenha se originado das práticas e das gentes dos governos Roriz. Escândalo que o ex-governador acompanhou de longe, quieto, porque, ao botar o nariz para fora da política local, ele só conseguiu ficar cinco meses no Senado, do qual se afastou, em julho de 2007.

As circunstâncias políticas da renúncia de Roriz são emblemáticas, sobretudo quando se ouve, hoje, o ex-governador botar tanta fé e esperança na força da Justiça. Em 2006, Roriz foi flagrado em escutas telefônicas da Polícia Civil do DF quando negociava a partilha de um cheque de 2,2 milhões de reais com o então presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura. A justificativa de Roriz para o flagrante adiantava o clima de deboche que viria. Segundo o ex-governador, o dinheiro era para pagar a compra de uma bezerra premiada do empresário Nenê Constantino, dono de uma empresa de transporte urbano do DF e da Gol Linhas Aéreas.

Depois da renúncia, a Polícia Civil do DF passou a trabalhar com a possibilidade de o dinheiro de Roriz ter sido oriundo de uma propina milionária por conta da mudança de destinação de um terreno que pertencia a um aliado, comprado por uma das empresas de Constantino. O suplente de Roriz e seu sucessor no Senado, Gim Argello (PTB), é apontado como intermediador do negócio.

A nova ofensiva política de Joaquim Roriz, baseada numa peça de marketing que afronta à inteligência do eleitor do DF, é uma aposta decisiva numa amnésia ainda a ser combinada, não se sabe a que preço, com a mídia local. Isso porque basta passar os olhos pelos nomes citados na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, para perceber, de imediato, a ligação visceral entre as estrelas dos vídeos de corrupção explícita que derrubaram Arruda e os governos comandados por Joaquim Roriz.

A deputada Eurides Brito (PMDB), flagrada enquanto enchia uma bolsa de couro com maços de notas de cem reais, foi secretária de Educação e, depois, líder do governo Roriz. Cargo, aliás, que viria a desempenhar, também, no governo Arruda. Em texto escrito em um blog pessoal, na semana passada, ela acusou o ex-governador de ter ordenado a ela botar a mão na dinheirama. Seria, segunda a deputada, para garantir apoio a José Roberto Arruda, nas eleições de 2006. “Foi um dinheiro que o Roriz mandou eu receber”, afirma Eurides.

O deputado Júnior Brunelli, do PSC, era o parlamentar que organizava o apoio a Roriz entre as lideranças evangélicas do DF. Entre 2005 e 2006, foi presidente da Comissão de Constituição de Justiça da Câmara Legislativa, cargo-chave para as operações de Roriz no governo, sobretudo no que diz respeito a pareceres para liberação de créditos suplementares para empresas, segundo a Operação Caixa de Pandora, vinculadas ao esquema de corrupção do DEM. Brunelli, que renunciou ao mandato para não ser cassado, ficou famoso por comandar a famosa “oração da propina”, proferida em honra ao corruptor Durval Barbosa.

O deputado Leonardo Prudente (ex-DEM), ex-presidente da Câmara Legislativa, mais conhecido pela alcunha de “deputado da meia”, também presidiu a Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Casa, durante o governo Roriz. Também graças a ele, os créditos suplementares da Codeplan eram resolvidos em menos de 72 horas. Prudente também renunciou para não ser cassado.

Welligton Moraes, dito jornalista, coordenava o milionário setor de publicidade de Joaquim Roriz, mesma função que passou a ocupar no governo Arruda, cedido a título de gentileza de um aliado para outro Por ora, Moraes está no presídio da Papuda, em Brasília, acusado de coordenar uma ação para subornar uma das testemunhas do esquema de corrupção do DF.

A simples perspectiva de que Joaquim Roriz possa ser eleito, novamente, governador do Distrito federal, deve ser encarada como sintoma de uma grave doença de caráter do eleitor do DF. Um fenômeno a ser discutido como questão prioritária de educação e de formação cultural, essa sim, a ser cuidadosamente pensada como intervenção federal. A posição de Roriz nas pesquisas revela, até aqui, uma inclinação corrupta dos eleitores do DF, inclusive da abastada classe média de Brasília (que nada tem a ver com a dura realidade das cidades-satélites).

Um pêndulo que oscila entre a ignorância e a má fé, sustentado por uma sinistra certeza de que, por aqui, ladrão não é quem rouba, mas só quem é pego roubando.

Discípulos de verdade

Muitas pessoas se dizem discípulas de Jesus, cristãos (que no grego era a nomenclatura utilizada pelos romanos para menosprezar os fiéis, significando literalmente, “cristinhos”, “pequenos cristos”), pois aqueles homens eram instados a serem imitadores de seu Mestre (I Co 11.1; Ef 5.1). Verifique abaixo três coisas caracterizam o discípulo verdadeiro, se você estiver fazendo exatamente o que Cristo ensina, então poderá se considerar um discípulo verdadeiro. Caso contrário, você poderá estar se confundindo entre “ser religioso” e ser “cristão”.


“E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me ” (Lc 9.23).

1ª Característica

O discípulo verdadeiro "nega a si mesmo" compreendendo que sua vida pertence a Deus, em todos os sentidos, tendo o Senhor pleno controle de todas as dimensões de seu ser, de sua existência. Isso é oriundo de um coração que sabe que depende de Deus para que tenha vida, para que seja salvo, e, que em si mesmo, não pode conquistar a redenção de sua alma.


2ª Característica

O discípulo verdadeiro "toma cada dia a sua cruz" vivendo conforme a vida se lhe apresenta, dando perfeito testemunho da operosidade da graça do Senhor, independentemente de estar bem financeiramente, ou com boa saúde, ou feliz. Em toda e qualquer situação vive para Deus, rendendo-lhe louvores por tudo. Ciente de que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28). Essa é uma das características menos compreendidas no meio cristão. Verifique os textos Mt 6.34; II Co 11.20-33 e Fp 4.11-13.

Não seria uma questão de fatalismo, de se conformar com a tristeza quando esta nos aflige, mas, de encarar as mazelas da vida sob a convicção de que Cristo nos dará a força devida para superarmos tais situações. Dificuldades são coisas que vão em vem e só deixarão de fazer parte de nossas vidas quando nos encontrarmos definitivamente com Cristo.


3ª Característica

O verdadeiro discípulo "segue" Jesus andando em suas pegadas, fazendo o que Ele fazia, ensinando o que Ele ensinava e pregando o evangelho do Reino. O verdadeiro discípulo imita o Senhor em suas atitudes e não somente em suas palavras. Ser seguidor do Senhor é ser seu imitador. O texto que resume o que tenho lhe dito é este:

“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.34,35).

A pergunta a se fazer sobre este texto é: “Eu tenho amado a meu próximo como Cristo me amou, dando sua própria vida por mim? Será que tenho amado meu semelhante a ponto de ajudá-lo em situações difíceis, ensinando-lhe o Evangelho e pregando-lhe o Reino de Deus?”

Ou será que você é somente um religioso, que vai para todas as programações da igreja, que pula, canta e ora, mas, que não tem dedicado parte de sua vida para por em prática aquilo que Cristo nos deixou como ensinamento para ser imitado?

Como não sou e nem quero ser seu Juiz, julgue-se a si mesmo.

quarta-feira, março 17, 2010

Quem é que manda?


Disse mais o SENHOR a Jó: Acaso, quem usa de censuras contenderá com o Todo-Poderoso? Quem assim argúi a Deus que responda. Então, Jó respondeu ao SENHOR e disse: Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei. Então, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: Cinge agora os lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me responderás. Acaso, anularás tu, de fato, o meu juízo? Ou me condenarás, para te justificares? Ou tens braço como Deus ou podes trovejar com a voz como ele o faz?” (Jó 40.1-9).

De vez em quando algum maluco me diz que não sou um crente de verdade, que não conheço o poder do Espírito Santo. Um pastor devia ser rico, jamais ficar doente e estar sempre alegre.

Se pergunto o porquê, logo a resposta é de que nós temos o poder de "determinar" nossa bênção. Você já deve ter ouvido algum irmão dizer: "eu determino isso", "eu recebo aquilo", "eu não admito tal coisa em minha vida", entre tantas outras ordens. Logo, como pastor, eu deveria saber que tenho "poder" para determinar tais coisas e recebê-las.

Que dureza... Acho que esses irmãos nunca leram o livro de Jó, ou só são instruídos a lerem trechos da Bíblia que lhes favoreçam.

Durante toda a provação que viveu, sob permissão do próprio Deus, Jó reclamava que estava sendo punido injustamente, que se o Senhor o ouvisse logo terminaria seu castigo. Porém, no final do livro, o Pai lhe concede a tão solicitada audiência e, desde o capítulo 38, fala coisas que me deixam um tanto constrangido.

Resumindo, no texto acima Deus praticamente pergunta: "Jó, quem é você para questionar meus propósitos? Eu sou o Criador do universo! Onde você estava quando fiz todas as coisas? Você acha mesmo que pode discutir comigo? Anular meu juízo? Se você fizer o que eu faço, ou seja, se for tão Deus quanto eu, logo te escutarei, mas, se não for é melhor que se cale diante de minha soberana majestade" ("Ou tens braço como Deus ou podes trovejar com a voz como ele o faz?").

Logo a pergunta, porque alguém acha que tem o poder de determinar algo em sua vida? "Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? —diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel" (Jr 18.6). Jesus diz que não podemos sequer jurar coisa alguma, pois não podemos mudar sequer a cor de um fio de cabelo em nossa cabeça (Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto - Mt 5.36), mesmo com tintura o cabelo cresce e se mostra na cor verdadeira.

Irmãos, se não fossem as misericórdias do Senhor se renovarem todas as manhãs, já teríamos sido consumidos... Se é para ser provado, se é para ter um "espinho na carne", aprendam que EM TUDO DAI GRAÇAS! Porque: “Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28), até a ausência de riqueza, saúde e alegria em determinados momentos da vida.

segunda-feira, março 15, 2010

Jerusalém na Babilônia Explorada - Conferência na Universidade Saint Joseph


Fonte: Saint Joseph’s University

A Universidade de Saint Joseph está patrocinando uma conferência sobre uma coleção de documentos recentemente descobertos, que lançam luz sobre um assentamento judaico na antiga Mesopotâmia. "Jerusalém na Babilônia: Novas Descobertas a partir do período exílico," será realizada em 21 e 22 de março, no Centro de Estudos da universidade.

São documentos cuneiformes datados dos séculos V e VI aC, e são denominados como o “Al-Yahuda,” baseado no nome do lugar onde os próprios documentos dizem que foram elaborados.

"A frase 'Al-Yahuda' significa ‘Cidade de Judá’, que na Bíblia se refere a Jerusalém”, disse Bruce Wells, Ph.D., diretor do programa de Estudos Antigos e professor adjunto de teologia.

O que faz os documentos serem notáveis, no entanto, é que eles não foram descobertos em Jerusalém. Eles foram encontrados no atual Iraque, no território que era conhecido como Babilônia, no momento em que foram escritos. Naquela época era o chamado "período exílico", quando um número de pessoas de Judá (a parte sul do moderno Israel) foram tomados cativos para Babilônia.

"O uso da expressão ‘Al-Yahuda' diz-nos que havia número suficiente de pessoas no exílio para que eles formassem sua própria cidade ", disse Wells, comparando-o com "Little Italy", comunidades encontradas nas grandes cidades em todo o país.

As tábuas são registros de assuntos de negócios normais da época, incluindo os contratos de casamento e transações de escravidão. Eles foram escritos por escribas babilônicos e incluem muitos nomes hebraicos, que adicionar peso à teoria de que havia uma população bastante grande judeus na Babilônia, na época.

"Houve um debate sobre quantos judeus foram forçados ao exílio, ao mesmo tempo", disse Wells. "Essas tábuas fornecem a primeira evidência substancial de que pessoas comuns sempre viveram em Judá, na Babilônia, durante o período de exílio."

Entre os seis palestrantes da conferência estão Laurie Pereira, Ph.D., da Universidade da Califórnia-Berkeley, e Cornelia Wunsch, Ph.D., da Universidade de Londres. Ambos os estudiosos estão trabalhando atualmente para traduzir e publicar muitos dos textos.

"Uma vez publicada, se tornará um importante objeto de estudo para os estudos bíblicos, da história da Babilônia e da história judaica", disse Wells.

A conferência, que é co-patrocinado pelo Instituto SJU para as relações judaico-católicas e pelo Departamento de Teologia, é gratuita e aberta ao público. Para obter mais informações, envie um e-mail ao Dr. Wells bwells@sju.edu, ou acesse www.sju.edu/academics/cas/resources/ancientstudies/.

Steve Ulrich
Harrisburg Pennsylvania USA

sexta-feira, março 12, 2010

Adoração no Templo

A CBN exibiu um vídeo sobre a história dos peregrinos e sua maneira de adorar a Deus no templo, na época de Jesus.

A história

Na cidade de David, na Jerusalém Antiga, existem etapas de um esgoto que remontam ao rei Herodes, são duas das recentes descobertas arqueológicas em Jerusalém.

As descobertas ajudam a contar a história da peregrinação ao templo judeu no tempo de Jesus.
"Fiquei contente quando me disseram vamos à casa do Senhor" - escreveu Davi nos Salmos.

Cerca de 2.000 anos atrás, os peregrinos judeus poderiam ter recitado este salmo de subidas enquanto subiam as escadas a caminho de culto no Templo.

Três vezes por ano, a Bíblia ordenou ao povo judeu para ir a Jerusalém para celebrar as Festas do Senhor.

"Eles provavelmente ficavam acampados fora da cidade, nos vales do Vale do Cedron ... entravam na cidade pelo portão sul, para tomar um banho ritual na piscina e, em seguida, subiam ao Monte do Templo para prestar suas homenagens ao Deus de Israel ", disse o arqueólogo da Universidade de Haifa, Roni Reich.

A escavação está localizada fora da cidade de Davi. Muitos acreditam que a área era Jerusalém na época do rei Davi.

Recentemente os arqueólogos descobriram o outro lado da larga escadaria que conduz ao Monte do Templo. Pavimentada com blocos de calcário grande, foi projetada para ter cerca de 140 metros de largura e tem menos de um quilômetro de subida ao Monte do Templo.

Reich disse que Jesus também, muito provavelmente, deu esses passos.

Leia o artigo na íntegra aqui.
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Fonte: CBN.com



Segue o vídeo

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quinta-feira, março 11, 2010

Pastores presos nas ferragens de acidente louvam à Deus com hinos e levam os bombeiros às lágrimas

Dois pastores evangélicos e um motociclista morreram num acidente envolvendo sete veículos, na manhã de ontem, na Rodovia do Contorno, trecho da BR 101 que liga Serra a Cariacica.Os religiosos pertenciam à Igreja Assembleia de Deus e haviam saído de Alegre, município da Região Sul do Estado, rumo a uma convenção estadual da igreja em Nova Carapina II, na Serra.Os veículos - cinco caminhões, uma moto e um automóvel Del Rey - bateram um atrás do outro. O engavetamento aconteceu às 8h15, no quilômetro 277, na Serra.

Os pastores estavam no carro.Tudo começou quando um caminhão freou por causa do intenso fluxo de carros no sentido Cariacica - Serra. Os veículos que vinham atrás dele frearam também, mas o último caminhão - de uma empresa de cerveja - não conseguiu parar a tempo. Com isso, os veículos que estavam à frente foram imprensados uns contra os outros.Os pastores José Valadão de Souza e Nelson Palmeira dos Santos e o motociclista Jonas Pereira da Silva, 52 anos, morreram no local. Dois outros pastores, que também estavam no Del Rey, sobreviveram, e o motorista de um dos caminhões sofreu arranhões nas pernas. Nenhum dos outros caminhoneiros ficou ferido.

O proprietário e condutor do Del Rey é o pastor Dimas Cypriano, 61 anos, do município de Alegre. Ele saiu ileso do acidente e teve ajuda do motorista José Carlos Roberto, carona de um dos caminhões, para sair do veículo.Seu amigo de infância, o pastor Benedito Bispo, 72, ficou preso às ferragens. Socorristas do Serviço Médico de Atendimento de Urgência (Samu) e bombeiros fizeram o resgate dele. O pastor teve politraumatismo e foi levado para o Hospital Dório Silva, na Serra.A mulher de Benedito chegou a ver o marido sendo socorrido e teve que ser amparada por um familiar.

Ela também seguia para a convenção num outro veículo. A rodovia ficou interditada durante vários momentos da manhã de ontem nos dois sentidos. O trecho só foi totalmente liberado no início da tarde.O pastor Dimas Cypriano, que sobreviveu ileso ao acidente na manhã de ontem, no Contorno, contou que usava cinto de segurança e que ficou preso ao tentar sair. Ele dirigia o Del Rey e disse que precisou de ajuda para sair do carro. Mas depois continuou no local, acompanhando os trabalhos de resgate do colega, Benedito Bispo. Nas mãos, levava uma Bíblia que ficou suja de sangue. Mas isso não impediu que o pastor orasse durante o socorro.

O mais comovente do triste episódio, foi o relato dado por 2 pastores sobrevivente, e pelos bombeiros que tentavam tirar os pastores ainda com vida, que estavam presos nas ferragens.As testemunha citadas acima, contam que os pastores Nelson Palmeiras e João Valadão, ainda com vida e presos nas ferragens, em meio a um mar de sangue que os envolvia, começaram a cantar o Hino 187 da harpa cristã:

Mais perto
Quero estar meu Deus de ti!
Ainda que seja a dor
Que me una a ti,
Sempre hei de suplicar
Mais perto
Quero estar meu Deus de ti!

Andando tristeAqui na solidão
Paz e descanso a mim
teus braços dão
Nas trevas vou sonhar
Mais perto Quero estar meu Deus de ti!

Minh'alma cantará a ti Senhor!
E em Betel alçará padrão deAmor,
Eu sempre hei de rogar
Mais perto
Quero estar meu Deus de ti!

E quando Cristo,
Enfim, me vier chamar,
Nos céus, com serafins irei morar
Então me alegrarei
Perto de ti, meu Rei, meu Rei,Meu Deus de ti!


Aos poucos suas vozes foram silenciando-se para sempre.As lágrimas tomaram conta dos bombeiros, acostumados a resgatar pessoas em acidentes graves, porem jamais viram alguem morrer cantando um hino; como foi o caso dos pastores Nelson Palmeiras e João Valadão .

terça-feira, março 09, 2010

Devocional - A Igreja de Cristo

"Vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo" (1 Pedro 2:5).

Interessante como algumas pessoas atribuem a salvação, que é dom de Deus, somente alcançada por sua graça (Ef 2.8,9), às instituições denominadas “igrejas”. Acham que só é salvo que frequenta regularmente os trabalhos das “igrejas” e que, estando fora de seu rol de membros, estão também “fora” do Reino dos Céus. Se fosse assim, essa "igreja" seria o próprio Deus.

É bom saber, antes de mais nada, que a Igreja de Jesus não é constituída essencialmente de templos, com regimentos internos, estatutos e programações religiosas. A primeira vez que Jesus utilizou-se da palavra “igreja”, ele a aplicou ao grupo dos que se reuniram em torno dele e que o reconheceram publicamente como seu Senhor, aceitando sua soberania, seus princípios e seus ensinamentos a respeito do reino de Deus. Paulo quando falava às igrejas, endereçava suas cartas “aos santos” (Rm 12:13; 15:25, 31, 1 Co 1:2; 2 Co 13:12; Ef 1:1; etc.), ou seja, à Igreja de Cristo.

Com efeito, a Igreja de Cristo não é composta por instituições de diferentes linhas teológicas – ou ideológicas – que se arvoram donas da verdade, plenipotenciárias guardadoras da salvação, das bênçãos, milagres e outras coisas que pertencem somente a Deus. Como se pode inferir dos textos bíblicos, o conceito do que é a Igreja de Cristo perpassa fundamentalmente pelo fato de que ela é constituída e é essencialmente a reunião de pessoas lavadas e redimidas pelo sangue do Cordeiro, que se reúnem para momentos de comunhão, adoração, serviço, entre outras atividades, com o fim de glorificarem e exaltarem o nome de Deus e de seu filho Jesus, o Cristo. São pedras vivas que formam um templo espiritual e universal! O templo e suas instituições legais não são necessariamente “Igreja”.

É público e notório que em todas as denominações cristãs há uma certa tensão com relação aos “desviados” (pessoas que freqüentavam os templos e, por algum motivo qualquer, deixaram de se congregarem ali). Mesmo que afirmem saber que a salvação vem única e exclusivamente do Senhor Jesus, temem que pessoas que não estejam freqüentando regularmente suas reuniões “percam” sua salvação. E muitos pregadores, para manterem seus fiéis, atormentam suas vidas impondo-lhe o medo e o temor de serem deserdados pelo Pai caso deixem de estar, religiosamente, reunidas em seus templos.

Não fique escandalizado se lhe disser que pessoas que participam de outras religiões, mas, que temem a Deus acima de todas as coisas, inclusive de seus próprios dogmas e ritos religiosos, serão salvas e que muitas pessoas que participam de instituições cristãs jamais verão a face de Deus. Pois, a salvação não vem de mérito humano, nem de mãos humanas e nem de suas invenções (Jo 1.12, 13; Ef 2.8,9 – leia atentamente!). Templos e denominações não podem determinar quem será, ou não, salvo.

Se pensarmos nisso, acredito que podemos nos tornar capazes de deixar de dar mais importância às coisas que as pessoas. Lembrando-nos que a salvação vem pela fé e é demonstrada em obras de amor ao nosso semelhante.

segunda-feira, março 01, 2010

TERIA DEUS SE ARREPENDIDO?

“Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração; então, se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que ciei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito” (Gn 6.5-7).

Em Malaquias 3.6 lemos: “Porque eu, o Senhor, não mudo...” (cf. Tg 1.17), afirmando o que a Igreja tem crido desde o princípio que é a doutrina da imutabilidade de Deus. Entretanto, sempre nos vemos envolvidos em discussões a respeito do texto de Gênesis em que Deus diz-se arrependido de ter criado o homem, numa declaração velada e sem rodeios. Mas, será que podemos interpretar um texto bíblico tão literalmente se levarmos em consideração sua origem tão primitiva? Apesar da escolha pelo óbvio ser, em princípio, a recomendada pela hermenêutica moderna, em alguns casos isso não é possível e esse é um dos casos onde tal interpretação não pode ser aceita. Neste texto principalmente, porque entra em choque direto com outros escritos bíblicos.

Outra coisa importante a ser observada é que “DEUS É ESPÍRITO, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24). Ou seja, algumas situações são descritas na Bíblia em consonância com a capacidade limitada da compreensão humana, atribuindo a Deus características físicas e morais que o homem conhece. Um exemplo disso está no próprio texto de Gênesis 6, no verso 6: “e afligiu-se o coração”; mas, que coração? Sendo essencialmente um ente espiritual, Deus não possui um coração como o nosso. Tal situação é denominada antropomorfismo (anthropos – homem; morphe – forma; latim), que é é a forma de pensamento que atribui características e/ou aspectos humanos a Deus, deuses, elementos da natureza e constituintes da realidade em geral. Nesse sentido, toda a mitologia grega, por exemplo, é antropomórfica. Com relação aos sentimentos e atributos morais, como o arrependimento, p. ex., denomina-se antropopatia (anthropos – homem; patia – sentimento; latim) a atribução de sentimentos humanos a Deus. Observe que Deus é Espírito e não possui sentimentos iguais aos humanos, assim como não se pode definí-lo por sua grandeza e majestade divinas, não há como compreendê-lo plenamente pois é um ser eterno e inatingível.

Analisando a palavra arrependimento na língua original, como consta nas Escrituras, temos:

nāham – ter pena, arrepender-se, lamentar, ser consolado, consolar.

Em sua origem, que é ugarítica, a palavra reflete a idéia de “respirar fundo”1 e, por conseguinte, transparece a manifestação física dos sentimentos de um indivíduo, geralmente tristeza, compaixão ou pena.

O entendimento do texto de Gn 6.5-7, relativa ao arrependimento de Deus, portanto, já se afasta de uma interpretação literal. Neste caso, sob o conceito da antropopatia e e da análise da palavra nāham, o texto exprime, à maneira humana, a exigência da santidade do Senhor, que não pode suportar o pecado. Lendo I Samuel 15.29, continuamos a afastar a interpretação literal do referido texto e, juntamente com outros textos, começamos a ter uma compreensão diferenciada do significado da palavra “arrependimento” na Bíblia, quando este se referir a Deus.

“Arrependimento” de Deus, enfim, parece mais uma mudança de atitude para com as ações humanas que a expressão de um sentimento do Senhor. Veja nos textos: Êx 32.12,14; I Sm 15.11; II Sm 24.16; Jr 18.11; Am 7.3,6, todos demonstram que Deus “muda de pensamento” com relação à punição ou não dos homens, conforme sua reação de continuídade no pecado ou de arrependimento. Vale ressaltar que o “arrependimento” de Deus, com bem maior freqüência, significa o aplacamento de sua ira e retirada de sua ameaça (cf. Êx 32.11-14 e r 26.3ss).

Com base nisso, crê-se que não há contradição na doutrina cristã em afirmar a imutabilidade de Deus, pois o mesmo tem confirmado seus eternos propósitos descritos nas Escrituras e comprovando que foi, que é e que sempre será Deus (Êx 3.14; Hb 13.8).


1. R. Laird Harris, Gleasson L. Archer & Bruce K. Waltke - Dicionario Internacional de Teologia do Antigo Testamento – Ediçoes Vida Nova

Vocação Profética – Breve leitura no capítulo 6 de Isaías

Seguindo a proposta de SICRE, podemos dividir o capítulo em três partes: 1) visão (1-5); 2) purificação (6-7); e 3) missão (8-13). “Na primeira parte domina o elemento visual; na segunda a ação; na terceira a audição” (SICRE, 1992, p.112).

Inicialmente, num formato muito próximo dos escritos hititas sobre as relações entre suseranos e vassalos, há a exaltação da soberania e imortalidade divina sobre a finitude e mortalidade humana: “No ano em que faleceu o rei Ozias, vi o Senhor sentado sobre um trono alto e elevado. A cauda de sua veste enchia o santuário” (v.1); há também a glorificação da majestade divina, onde seres celestiais estavam diante de Iahweh extremamente submissos e tementes enquanto Isaías achava-se impuro e indefeso, encerrando a ilustração da grandiosidade de Deus e da pequenez humana.

Nesta visão Isaías compreendeu imediatamente sua posição de tremenda inferioridade ante o Santo de Israel (forma pela qual, várias vezes, se refere a Deus em seu livro), de tal forma que acreditou ser aquele seu fim por ter visto a glória de Deus.

Num segundo momento um serafim toca os lábios de Isaías com uma brasa retirada do altar, a partir dali o profeta fora purificado e por isso autorizado a permanecer vivo ante a glória de Deus. Neste momento Isaías fora separado da situação onde se encontrava seu povo de “impuros lábios”, deixando de ser parte daquele contexto e estando agora preparado para seu encargo. Não seria possível obter sucesso em sua missão se Isaías não sofresse tal mudança, agora ele podia ver a situação de Israel por outro ângulo o qual não lhe era possível enxergar por fazer parte daquela primeira situação. Neste momento Isaías via Israel com os olhos puros de Iahweh.

Ao ser retirado de sua primeira situação, separado e preparado para seu ministério, Isaías atenta para a voz do Soberano e mesmo desconhecendo o teor do problema citado está certo de que deve atendê-lo: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. Após receber a difícil missão de endurecer o coração de seu povo para que não encontre a salvação, o profeta pergunta por quanto tempo durará essa missão e em seguida inicia seu ministério.

A Palavra de Deus a ser anunciada é a mola propulsora do ministério do Isaías purificado e separado da imundície na qual vivia. Um homem totalmente diferente de antes de ter-se encontrado com Iahweh e de ter sido por ele comissionado, retirado da comodidade de sua rotina para ser enviado a um povo de dura cerviz que, certamente, rejeitariam sua mensagem e sua pessoa ignorando-o e detestando-o. Mesmo assim ele abraçou sua missão e a realizou, contrariando a sensatez humana em colocar-se como antagonista a tudo e a todos que andam segundo o curso deste mundo.

Tal qual deve ser o profeta dos dias de hoje – tanto que para que nele se reconheça a autoridade de quem é transmissor da mensagem divina, – faz-se necessário mostrar-se inconformado com o senso comum não somente com palavras, mas, com atitudes que corroboram para que seu discurso obtenha êxito. Olhando seu contexto com os olhos de quem teve sua visão restaurada, purificada, e que não pode mais volver para um modo de vida egoísta e materialista. De sorte que sua missão seja a de lutar em favor da preservação da vida, denunciando todo o mal que o homem pratica contra seu semelhante e contra o meio-ambiente. Como alguém que fora comissionado pelo próprio Iahweh, o profeta moderno deve estar ciente que seu discurso o colocará em situação de antagonismo com os poderes terrenos, e que tal antipatia pode lhe causar severos danos.