sexta-feira, abril 20, 2007

O GURU E O MERCADO DE TRABALHO

Comentário de Max Gheringer - Rádio CBN. Falando sobre o mercado de trabalho. Horário. às 07h55 da manhã, do último dia 09/03/2007 (Sexta) . O texto a seguir é a gravação deste dia.

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Recebi hoje (15/02/2008) o áudio desta entrevista, para ouví-lo clique aqui.

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"Existem muitos gurus que sabem dar respostas criativas às grandes questões sobre o mercado de trabalho. Aqui vai um pequeno resumo da entrevista com o famoso Reynold Remhn:

Pergunto: Ainda é possível ser feliz num mundo tão competitivo?

Resposta: Quanto mais conhecimento conseguimos acumular, mais entendemos que ainda falta muito para aprendermos. É por isso que sofremos. Trabalhar em excesso é como perseguir o vento. A felicidade só existe para quem souber aproveitar agora os frutos do seu trabalho.

O bom profissional do futuro será um individualista?

Resposta: Pelo contrário. O azar será de quem ficar sozinho, porque se cair, não terá ninguém para ajudá-lo a levantar-se.

Que conselho o senhor dá aos jovens que estão entrando no mercado de trabalho?

Resposta: É melhor ser criticado pelos sábios do que ser elogiado pelos insensatos. Elogios vazios são como gravetos atirados em uma fogueira.

E para os funcionários que tem Chefes centralizadores e perversos?

Resposta: Muitas vezes os justos são tratados pela cartilha dos injustos, mas isso passa. Por mais poderoso que alguém pareça ser, essa pessoa ainda será incapaz de dominar a própria respiração.

O que é exatamente sucesso?

Resposta: É o sono gostoso. Se a fartura do rico não o deixa dormir, ele estará acumulando, ao mesmo tempo, sua riqueza e sua desgraça.

Belas e sábias respostas.

Eu só queria me desculpar pelo fato de que não existe nenhum Reynold Remhn. Eu o inventei. Todas as respostas, embora extremamente atuais foram retiradas de um livro escrito há 2.300 anos: o ECLESIASTES , do Velho Testamento . Mas, se eu digo isso logo no começo, muita gente, talvez, nem tivesse interesse em continuar ouvindo.

Max Gheringer para a CBN".

quarta-feira, abril 18, 2007

Talpiot, a má repercussão continua

Após o recuo de vários especialistas que participaram do documentário, voltando atrás em suas opiniões (confira artigo abaixo), o The Jerusalem Post publicou uma matéria a respeito do assunto.
James Tabor até tenta rebater tais informações...

Saiba mais no Biblioblog Observatório Bíblico, do Prof. Airton José.

sábado, abril 14, 2007

Links do artigo abaixo

Hoje fui verificar os links do artigo abaixo e descobri que alguns não vão para o lugar correto. Como bom brasileiro, publiquei primeiro e verifiquei depois mas, basta você clicar no link para ir ao site correspondente e fazer uma busca pelo nome do expert que você está lendo, então, voilá, lá está o artigo.

sexta-feira, abril 13, 2007

O Sepulcro Perdido de Jesus: Retratação da equipe de acadêmicos

Este texto foi traduzido do artigo original:

Cracks in the Foundation: The Jesus Family Tomb Story - The Experts Weigh In and Bow Out - Disclaimers from the Film's Own Experts

Pela equipe da University of the Holy Land (Universidade da Terra Santa - http://www.uhl.ac)

RACHADURAS NA FUNDAÇÃO:

A Estória da Tumba da Família de Jesus

Os Peritos se Aprofundaram e se Retiraram

“Des-responsabilização” dos Experts Proprietários do Filme

REGISTRANDO

James Cameron e Simcha Jacobovici, os produtores do filme “O Sepulcro Perdido de Jesus” para o Discovery Channel, postaram um desafio no lançamento do filme, em que todos os cientistas e acadêmicos utilizassem seus conhecimentos e habilidades para validar ou não as reivindicações feitas no conteúdo do filme e do livro. Estes desafios, para falar a verdade, vieram no lugar de uma revisão aberta, que de acordo com alguns, deveriam ter tido sua oportunidade antes do lançamento do filme e do livro.

PARTE 1: OS ACADÊMICOS DÃO SUA OPINIÃO

Durante esse episódio do Sepulcro Perdido de Jesus um número de especialistas, acadêmicos e cientistas analisaram bem o assunto para se manifestarem sobre a tumba de Talpiot:

Renomado epígrafo Prof. Frank Moore Croos leu um dos ossuários e disse, “... Eu não tenho nenhuma dúvida que isto é para ser lido Yeshua e seu Yeshua bar Yehoseph, isto é Jesus filho de José”.

Professor François Bovon, especialista em textos apócrifos antigos, indicado a respeito do nome de Mariamne, que ele determinou ser Maria Madalena (conforme os produtores do filme que identificaram “Mariamene” da tumba de Talpiot), disse que “Mariamne é a mesma mulher que Maria de Magdala ou Maria Madalena nos evangelhos sinóticos e nos textos não-canônicos como o Evangelho de Maria e a Fé de Sophia, etc”.

O cientista de DNA Dr. Carney Matheson, ofereceu sua conclusão a respeito do DNA referente ao relacionamento entre o ossuário de “Jesus filho de José” e o assumido ossuário de Maria Madalena: “A partir destas amostras, porque elas vieram da mesma tumba e suspeita-se de que seja uma tumba familiar, estes dois indivíduos, como não eram parentes, o mais provável é que sejam marido e mulher”.

O cientista forense (?) Dr. Robert Genna, consultado a respeito do ossuário de “James o filho de José, irmão de Jesus”, disse “é consistente”.

O paleontologista Dr. Charles Pellegrino exclamou que os testes feitos na pátina, entre o ossuário de “James filho de José, irmão de Jesus” e o ossuário de “Jesus filho de José” são “coincidentes”.

O especialista em estatística, Prof. Andrey Feuerverger’s concluiu: “Baseado nas suposições informadas, a probabilidade é de 600 para um em favor desta tomba ser a tomba da família de Jesus de Nazareth”.

OS CRIADORES DO FILME SUSTENTAM A CONFIABILIDADE DO DESAFIO

Este, então, é o desafio central dos produtores, que especialistas adicionais juntem-se à mesa para (1) estudar e desafiar suas próprias suposições dadas a eles (e.g., que fundamentaram que um dos ossuários contem os restos de Maria Madalena) e (2) estudar e testar as indicações feitas por seus especialistas, que deram o suporte, ou aparentemente deram suporte, às suas reivindicações (especialmente Feuerverger, Matheson, Pellegrino, Bovon e Cross). Como nós devemos ver abaixo, em alguns casos, a sustentação para as afirmações dos produtores do filme não é indicada ou expressa pelos peritos. Mas, antes, as afirmações são feitas pelos próprios produtores, que aumentam as afirmações dos especialistas para reivindicar o que eles não pretendiam afirmar.

Houve muitos que aceitaram o desafio, e estão trabalhando hoje em dia nos papéis que tratarão das edições em vários campos de pesquisa. Tudo isso será publicado nos meses que vem por aí.

Há também as impressões que são compartilhadas por vários acadêmicos fora da película, que tipificam o trabalho do filme como “pornoarcheologia” ou “incrementando a Bíblia”. Estas são tipificações não científicas do trabalho que não ajuda o comunidade acadêmica a seguir em frente em resposta ao desafio dos produtores do filme.

Entretanto, um fenômeno previsto está acontecendo atualmente que pode tirar o vento do navio de um dos produtores desse filme. À exceção do atual diretor e autor, cada um dos peritos que apareceu no documentário publicou um ataque às reivindicações do filme ou, dizendo mais, rejeitam o que eles indicaram (disseram) ou que supõe-se que foi dito naquele filme.

Abaixo vê-se parte da crescente lista destas indicações dos especialistas que apareceram no filme (com a devida fonte de suas publicações incluída):

PARTE 2: OS ACADÊMICOS DO FILME SE RETIRAM

ARQUEOLOGIA

AMOS KLONER

Kloner, que escavou a tumba em 1980 juntamente com Yosef Gath e Shimon Gibson, era o arqueologista chefe no distrito de Jerusalém. Ele publicou o relatório final na tumba em ‘Atiquot, 1998. Ele foi questionado no filme a respeito de sua posição sobre a tumba e foi cético, mas, admitiu que se os produtores pudessem produzir o ossuário de Maria Madalena, isso “seria bem interessante”. Embora seu tom fosse de descrédito.

Quando questionado se a combinação de nomes achados nos ossuários da tumba de Talpiot, era suficientemente significantes para identificá-la como a tumba da família de Jesus Kloner, determinado disse:

“Isso serve para uma ótima estória para um filme na TV. Mas, é completamente impossível. Não tem sentido”. Ele continua: “Jesus filho de ‘Josés’ tem sido encontrado em três ou quatro ossuários. Estes nomes são comuns”.

David Horowitz, The Jerusalem Post, February 27, 2007

SHIMON GIBSON: "O QUE A TUMBA PODE SER NÃO POSSO DIZER"

Gibson fez parte de um time que escavou a toma em 1980; ele também desenhou as plantas originais da tumba. Ele apareceu várias vezes como o perito que é a testemunha ocular para a descoberta da escavação. Ele afirmou que era muito cético, mas estava aberto para discutir os fatos.

Numa entrevista postada em LINK Gibson afirmou:

“A idéia de que a tumba de Talpiot pode ser da família de Jesus é o fundamento principal do documentário feito por Simcha Jacobovici e James Cameron. Eles tem sido bem claro nas entrevistas que eles não são arqueologistas, mas jornalistas investigadores a produtores de filmes. Como tais, tem feito um bom trabalho, e eu penso que com integridade e visão. Eles nem sempre fazem uso de uma gama total de conhecimento de arqueologia, mas isso era de se esperar. Agora, eu poderia dizer às pessoas que estão lendo esta entrevista que devem manter uma mente aberta e que não devem levar isso para o lado emocional; afinal, com todo respeito que tenho pelos produtores, isso continua sendo só um documentário de televisão. Pessoalmente, eu sou cético quanto ao fato desta ser a tumba de Jesus e eu deixei este ponto bem claro aos produtores. Quando eu cheguei em Nova York , eu disse para Cameron, “Sou cético; eu não acho que esta seja a tumba de Jesus, mas mantenham a mente aberta. Serei positivo sobre coisas que posso ser positivo, e serei muito cético sobre coisas que merecem meu ceticismo, baseado num conhecimento que adquiri nos últimos 20 anos no campo da arqueologia”.

“Poderia ser dito que se Jesus foi realmente enterrado em Jesusalém, e eu penso que nós não podemos duvidar das evidências apresentadas nos Evangelhos (eu realmente não posso comentar a matéria sobre ressurreição). Quando o tempo chegou para o sepultamento da família de Jesus, incluindo José e Maria, e posteriormente James e outros membros da família, eles tiveram de ser enterrados em algum lugar. E porque não em Jerusalém? Também, teoricamente, devo dizer que a tumba de Jesus era situada na área da Igreja do Santo Sepulcro, e que sua família provavelmente deve ter sido enterrada numa caverna nas vizinhanças de Jerusalém”.

“Eu preciso adicionar que pela forma que eu separei “a tumba de Jesus” da “tumba da família de Jesus” não é algo feito pelos produtores do documentário. Eles atualmente vêem que os dois são um só e o mesmo. Isso, em parte, por causa da inscrição “Jesus, filho de José” num ossuário da tumba, mas Jesus e José eram nomes extremamente comuns naquela época. E mesmo se os criadores do documentário estivessem corretos e esta fosse a tumba da família de Jesus, isso não significa que o Jesus cujo nome está no ossuário seja o mesmo Jesus bíblico. Além disso, você pode ter dois, talvez até três, Jesus na mesma família, especialmente se esta caverna para sepultamento fosse usada para enterrar várias gerações.

Eu continuo aberto para a possibilidade de que aquela é a tumba da família de Jesus, na área de Jerusalém, com a tumba de Jesus (dele só) situada no local tradicional que é a Igreja do Santo Sepulcro. Nos precisamos de mui mais evidências antes que possamos dizer que a tumba de Talpiot é a tumba da família de Jesus”.

FÍSICO ANTROPOLOGISTA (PHYSICAL ANTHROPOLOGY)

JOE ZIAS (NÃO APARECE NO FILME)

Dr. Zias foi o antropologista chefe da instituição Autoridade das Antiguidades de Israel, no período da descoberta da tumba de Talpiot. Ele mesmo não aparece no filme, mas ele apareceu há 10 anos atrás num filme anterior na mesma tumba, para uma produção da televisão britânica (que propunha uma reivindicação similar).

Numa entrevista postada em LINK Zias responde:

Entrevistador: “É justo dizer que os ossuários, como os encontrados em Talpiot, foram usados por mais de uma pessoa?”

Zias: “Mais que uma pessoa! De fato, se você olhar em ‘Atiqot, 1992, Volume 21, você vai encontrar um relatório de uma tumba que permaneceu intacta na antigüidade, que eu escavei com Varda Sussman. Ela trabalhou com a arqueologia, eu com a antropologia. Nele estava um dos ossuários de pedra mais bonito e duro descoberto até aquele dia. Ela disse, ‘este é o ossuário de José filho de Hanania’. Junto com José, outras cinco pessoas estavam dentro do ossuário. Esta é a razão pela qual o DNA não serve como evidência”.

Entrevistador: “Nós não sabemos que DNA é esse.”

Zias: “Exatamente. Eu tive que rir quanto eles foram fazer o DNA no ossuário, e eles disseram que acharam restos de uma mulher. Bem, lá dentro devia haver dois homens e três mulheres. Quando eu disse seis pessoas, contava com bocados e partes de outras cinco pessoas. É muito raro encontrar um ossuário com uma só pessoa dentro, mesmo que ele diga “Martha” ou “José” ou algo parecido com isso. Fora os 15 ossuários [encontrados na escavação], penso que três deles tem no mínimo cinco ou seis pessoas dentro. Então, o verdadeiro José estaria acima? Naquela tumba havia oitenta e oito pessoas. Cinqüenta ossuários, oitenta e oito pessoas! E mais que isso, obviamente, não estavam em ossuários. Há no mínimo quatro ou cinco gerações ali. Essas pessoas não são uma família nuclear; ali estão várias famílias. E outra coisa – há uma lei no judaísmo que diz que você pode ser enterrado com alguém que já dividiu a cama com você; então, por exemplo, dois irmãos que cresceram juntos, dormindo na mesma cama; um marido e uma mulher; uma mãe com três filhos que morreram antes de cinco anos”.

Entrevistador: “Então, com base nisso, o marido e a mulher deveria terminar os dois no mesmo ossuário.”

Zias: “Juntamente com alguns outros. Você precisa entender, essas pessoas não entendem anatomia. Digo, você acha pedras no ossuário, você acha raízes, você acha parasitas – ovos calcificados de parasitas. Você encontra muita coisa. É muito, muito raro, encontrar ossuários com uma só pessoa dentro. É uma exceção extrema. Não há como informar os tipos de relacionamento entre elas. Simplesmente porque diz “Jesus filho de José”, não significa que aquele ossuário se relaciona com o ossuário que está escrito “José”. O ossuário que diz “José” deve conter duas ou três gerações antes dele. Não há como dizer. Aquele José pode ter sido um tio, um ‘primo de segunda’, etc”.

EPIGRAFISTA

FRANK MOORE CROSS

Professor Emérito de Hebraico e de Línguas Orientais, Universidade de Harvard

Quando argüido no filme a respeito do “filho de José” e também pelo “Jesus”, partes das inscrições, Prof. Cross respondeu:

"Isto está ficando muito informal e, particularmente, uma bagunça".

Depois de exibir uma certa porção de dificuldade em localizar certas letras no nome, foi solicitado que pronunciasse o nome completo. Nessa hora disse com alguma confiança:

"Há um X aqui antes do nome e então o nome Jesus, então o nome do pai é perfeitamente claro, Jo-sé, o filho de José. Eu não tenho nenhuma dúvida disto, é para ser lido Jesus e então, Jesus filho de José”.

Entretanto, mais tarde, criticando este seguimento do filme, The National Review apontou:

"O professor de Harvard, Frank Moore Cross, aparece várias vezes na tela, na maioria das vezes para ler a inscrição do ossuário. A presença do prof. Cross, um distinto acadêmico de uma excelente universidade, é significativa para prover certificação intelectual ao programa. Contudo, Jacobovici pede que ele simplesmente leia as palavras no ossuário. Enquanto isso acontece, ninguém nega que são esses mesmos os nomes. Mas, são realmente os ossuários do filho de Deus e de seus pais terrenos?” Jacobovici não pede a opinião de Cross a respeito disso, este iminente professor. Então eu perguntei. Veja a resposta de Cross neste e-mail:

“Eu sou cético sobre as reivindicações de Jacobovici, não por causa de uma leitura defeituosa do ossuário onde se lê “Jesus filho de José”. Eu acredito, mas, porque a lista de nomes próprios [onomástica] neste período, em Jerusalém é extremamente estreita. Os nomes patriarcasis e bíblicos se repetem ad nauseam. Contou-se que 25% dos nomes femininos nesse período eram Maria/Miryam, etc., que são variantes de Mari. Então as estatísticas citadas são sem valor. Você sabe o provérbio: mentiras, malditas mentiras e estatísticas”.

"Por alguma razão, Cross não teve a chance de dizer isto na câmera”.

Para maiores informações, leia o artigo completo em The National Review’s website: LINK

STEPHEN PFANN

Epigrafista da Universidade da Terra Santa, foi convidado para ler as inscrições e para examinar os ossuários para o filme. Notificou os produtores que tinha descoberto leituras diferentes em pelo menos um dos ossuários à luz de novas fotografias. Pediu para não ser citado no filme e os produtores aceitaram. Embora o filme diga outra coisa, ele não ajudava Steven Cox.

"Foram os restos de Jesus e Maria Madalena encontrado nos arredores da moderna Jerusalém? Sim, diz Cameron e Simcha Jacobovici em seu controverso documentário, O Sepulcro Perdido de Jesus. Ele afirma que o nome Mariamene, mais especificamente “Maria, a mestra”, é a designação chave de Maria Madalena. Para os produtores, a existência de um ossuário com esse raro nome, juntamente com a combinação dos nomes de outros ossuários, comprova que aquele é o sepulcro da família de Jesus. Sem isso, eles crêem ser difícil manter esta reivindicação. Isto é chamado de “Ringo” das hipóteses, o nome que muda a combinação “John, Paul, e George” de ser ordinariamente os “Beatles”.

"Entretanto, aqui estão as observações do Prof. Pfann:

However here are Prof. Pfann's observations in brief:

* A transcrição original da inscrição está incorreta.

* Na inscrição não se lê “Mariamene a mestra”, nem o nome Mariamene ou Mariamne aparece no ossuário afinal.

* A inscrição reflete dois escritores diferentes, que usaram formas distintas de escrita do grego.

* A leitura correta da inscrição seria “Mariame e Mara”, baseada nas inscrições contemporâneas paralelas e documentos.

* O ossuário continha os ossos de pelo menos duas mulheres diferetes, enterradas em épocas diferentes, uma chamada Mariame e a outra Mara.

* Não há suporte algum para afirmar que aquele ossuário era o de Maria Madalena.

Conclusão:

"O ossuário chamado “Mariamene” contem os nomes e os restos de dois indivíduos distintos. O primeiro nome no ossuário, ‘MARIAME’, está escrito em grego comum numa escrita documentada num período da inumação dos ossos desta mulher. A segunda e terceira palavrsa, “KAI MARA”, foram adicionados algum tempo depois por um segundo escriba, quando os ossos da segunda mulher foi adicionada no ossuário. Esta escrita a mão, inclui numerosos elementos cursivos não exibidos pelo primeiro escriba que escreveu “Mariame”.

"Em vista do que foi dito acima, não há nenhuma razão para se tentar ligar este ossuário (ou os ambíguos traços de DNA de dentro) com Maria Madalena ou qualquer outra pessoa na tradição bíblica, ou não bíblica”.

“Eu estava relutante se minhas observações iniciais poderiam ter sido incluídas no filme, desde que ganhei acesso para ver fotos melhores e pude checar minhas observações contra as inscrições adicionais”.

“Relutante em incorporar minhas observações mais recentes a respeito dos ossuários, os produtores removeram respeitosamente as notas das minhas observações do filme. Eles, entretanto, rebatizaram meu papel na película. Inicialmente, eu tinha sido convidado por eles para fazer declarações em paleografia e epigrafia, foi o que fiz. Contudo, meu papel final parece ser curiosamente e ficticiamente o de me tornar o ‘assistente de Steven Cox, perito forense’, que estava longe do caso”.

Para ler todo o artigo de Stephen Pfann, com fotos do ossuário, visite o endereço: LINK

EVIDÊNCIA DE DNA

CARNEY MATHESON

Examinador forense e Oficial científico(?) da Universidade de Lakehead Laboratório Paleo-DNA e Professor associado do departamento de antropologia.

Thunder Bay, Ontario.

Matheson supervisionou os testes de DNA e interpretou os resultados no filme.

Dr. Matheson é citado no blog da Scientific American:

"Finalmente, Carney Matheson, cujos títulos incluem tudo do arqueologismo mortuário para examinadores forenses, conduziu o exame do DNA que o filme cita. Basicamente, os produtores rasparam uma quantidade minúscula de material biológico fora do ossuário (ou caixa de ossos) nomeada Jesus, e outra quantidade mínima do outro que eles pensam pertencer a Maria Madalena. Matheson arranjou a seqüência mitocondrial do DNA em ambas as amostras a fim de estabelecer quem quer que seja que aquelas caixas continham, uma vez que não estavam relacionadas com o lado da mãe (de Jesus) – em outras palavras, não eram da família. É um resultado negativo embora não diga muito (e pede a pergunta – se você estiver recolhendo o material para testar, porque não se testar as caixas que você acredita pertencer a pessoas relacionadas, tais como Jesus e sua mãe também?

"Matheson tinha isto para dizer:

“A única conclusão que nós tivemos, foi de que estes dois jogos não eram maternalmente relacionados. A mim soa como absolutamente nada”.

Para ler mais, vá para o blog da revista Scientific American, de 2 de março de 2007, em LINK.

CHARLES PELLEGRINO

Paleontologista, autor

Foi conselheiro e participante do filme, e co-autor do livro com Simcha Jacobovici. LINK

"Eu não pude examinar pessoalmente os fragmentos estudados por Carney Matheson, no laboratório da Thunder Bay. Eles podem, de fato, ser pequenos fragmentos de osso. Eu só posso dizer do material o que eu examinei pessoalmente. Não somente encontrou-se (até agora) uma completa ausência de material ósseo – mas, também uma ausência completa das assinaturas biológicas usuais do osso que deterioram-se em um ossuário (traços do nematode, etc). Adicionalmente, as fibras nas amostras de concreção (?), são inconsistentes com o que acontece normalmente às fibras durante o longo período do primeiro sepultamento (a metade de sua massa é usualmente moldes de hastes pretas; visto que as fibras de Jesus, embora antiga e tivessem minerais incluídas, eram puras). Se lá houver ossos de Jesus no ossuário, então a grande massa de ossos que havia ali foi removida por alguém, muitos séculos atrás. Nós ainda estamos tentando explicar isto; mas há uma significante anomalia no ossuário de Jesus”.

ANÁLISE DA PÁTINA

[Steven Cox e Charles Pellegrino foram mostrados várias amostras dos ossuários e comentando o que eles fariam. Pellegrino trouxe as amostras de pátina dos armazéns de Beth Shemes para o Dr. Robert Genna em Nova York para análise].

STEVEN COX

Cientista Forense, University of the Holy Land

Com relação ao que foi sugerido sobre o “confere” entre os ossuários de “James filho de José”, irmão de Jesus, e o de “Jesus filho de José”, o sr. Cox aponta:

A decisão forense final que poderia ser derivada do exame das amostras nos ossuários, que mostraram um EDS espectral combinado é como se segue. As amostras coletadas pretendem ter sido coletadas dos ossuários, a fonte é ‘intraceável’ e a orientação é não-identificável, indicando que os ossuários podem ter sido originados da mesma pedreira da mesma [whence] de onde foram cortados. Para chegar a uma opinião que exibe uma origem comum, se requereria testar amostras da pedra dos ossuários, com as das numerosas pedreiras do local. Isso permitiria que se desenhasse uma base de dados químicos mais confiável do que o que foi feito no documentário.

Num artigo do site da UHL (University of the Holy Land), Steven Cox cita um grande número de erros e de más interpretações sistemáticas dos resultados exibidos no filme.

OBSERVAÇÕES DE ERRO

Sublinhando erros lógicos

Uma conclusão foi formada primeiramente por meio de especulação e conjectura, então os fatos foram convertidos para dar suporte uma noção preconceituosa.

Especulação e conjectura são convertidas em FATOS sem suporte lógico ou confirmado por uma metodologia científica.

Erros de coleção das amostras

Erros de contaminação das amostras

Erros na preparação das amostras

Erros na orientação das amostras

“Deve ser muito evidente neste momento que o relatório da equipe de TLTJ é, no melhor dos casos, uma superestimação de suas opiniões, baseada em fatos limitados, protocolo científico pobre, fontes de erros não resolvidas e uma pobre pesquisa científica. Em minha opinião, uma das melhores ferramentas que um cientista forense aprende não é como operar um instrumento. Antes, é como avaliar logicamente o peso do resultado derivado da evidência ou dos artefatos examinados. No trabalho forense, alguém entrega uma vida nas mãos da justiça. É um suspeito ou uma vítima do crime, o resultado seguinte dos testemunhos afetará essa vida para sempre. Então, um cientista forense tem que fazer um exame das opiniões e das conclusões muito seriamente. Se este tipo de método, conservador e cauteloso, fosse aplicado ao documentário de TLTJ, o programa provavelmente não seria vítima de tantas observações ou, no melhor dos casos, produziria um jornalismo mais responsável”.

Para ler o artigo todo, vá para LINK

CHARLES PELLEGRINO

Paleontologista e "polymath" participou de várias cenas, tirando amostras de ossuários e monitorando os resultados na pátina.

Ele exclamou que o teste da pátina entre os ossuários de “James filho de José, irmão de Jesus” e o de “Jesus filho de José” eram “coincidentes” [match].

“Agora: uma coisa eu preciso pontuar, sobre o filme. Quando eu exclamei, no laboratório, que [a pátina de James] ‘coincidia’, eu estava agindo sem excitação. Eu tinha esperado que certamente que o ossuário de James não ia combinar com o sepulcro de Talpiot em tudo. Forensemente falando, quando você utiliza um método ainda sob desenvolvimento, a palavra ‘coincide’ [match] não deve ser incluída na narração ou no texto narrativo (ou nas entrevistas). O ‘coincide’ é o que você diria, aproximadamente, num método mais desenvolvido, com um registro de trilhas provado, que remonta para trás sete anos ou mais – tal como o teste da digital humana ou o teste de DNA. Neste estágio, ao discutir resultados reais, você poderia estar se referindo a um spectro elementar que ecoe o descanso do túmulo, ou ao ossuário de James. Por favor uso o termo “isto é consistente” em vez de “é coincidente”.

Vejo você depois,

Charlie P.

Para ler toda a discussão vá para: LINK

PROSOPOGRAPY (?)

Wikipédia – é a ciência que investiga as características comuns do pano-de-fundo de um grupo histórico, cuja biografia individual seja “intraçável;intraceável” por meios de coleta de estudos de suas vidas.
TAL ILAN

Professor de estudos judaicos, Universidade Livre, Berlin; fez comentários no filme sobre o significado dos nomes nos ossuários.

Mais tarde, o Prof. Ilan foi caracterizado no blog da Scientific American no ossuário.

Na nota especial era Tal Ilan, cujo léxico de nomes judeus era essencial ao cálculo estatístico feito por Andrey Feuerverger, o professor da University of Toronto de estatística matemática, que é citado no documentário como aquele que disse que a probabilidade de outra família, além da família histórica de Jesus, ter os mesmos nomes da família encontrada naquele sepulcro é de 600 por 1. Em outras palavras, esse número se discute, as probabilidades são mínimas que este não seja o sepulcro de Jesus...

Em uma entrevista que eu conduzi esta manhã, o professor Tal Ilan, sem cujo trabalho esses cálculos seriam impossíveis, o ultraje expressado sobre o filme e o uso de seu trabalho foi expresso assim: “Acho isso completamente estraviado. Estou irritado!”

Para ler mais vá para o blog da Scientific American, de 2 de março de 2007, em LINK

ANÁLISES ESTATÍSTICAS

ANDREY FEUERVERGER

O professor de estatística da Universidade de Toronto, foi figura central no filme por produzir dados estatísticos que fornecem a probabilidade de 600:1, contra a possibilidade da tumba de Talpiot poder ser de qualquer outra família, que não a de Jesus de Nazaré.

Dr. Joe D’Mello, um estatístico de Chicago, apontou que o Prof. Feuerverger recalculou as probabilidades e que o Discovery Channel a desassociou completamente da reivindicação da probabilidade de 600:1 para Jesus.

(Ver quinta-feira, 15 de março de 2007, Post #5045 no blog de Darrell Bock. Publicado aqui com permissão do Dr. D’Mello.)

“Eu estou feliz em informar que o Discovery Channel removeu TODAS as reivindicações de seu website da probabilidade de 600:1, ser especificamente a favor de que a tumba é da família de Jesus”.

“Você pode recordar que eu tinha acrescentado em uma discussão com Dr. Andrey Feuerverger (estatístico in loco do documentário), e nós concordamos que a interpretação original da descoberta das probabilidades de 600:1 no sítio era incorreta e altamente corrompida para o público. Para seu benefício, eu estou reproduzindo abaixo do texto original e do texto novo, três parágrafos mudados. Note que todas as referências ao túmulo de Jesus foram removidas. Obrigado de novo a Andrey e também ao Discovery Channel por fazer estas mudanças acontecerem!”

“Agora que o Discovery Channel se afastou dos 600:1 de probabilidades (que era sua ‘cama de pedra’ nesse caso!) de que aquela era a tumba da família de Jesus, não se pode considerar o que este show fez com Jesus antes disso. Com essas mudanças, o show, em essência, foi agora diminuído de documentário numa ‘corrente surpresa de nomes’!”

As mudanças seguintes no site do Discovery Channel, é resultado do ‘recálculo’ do Prof. Feuerverger, anotado pelo Dr. D’Mello.

Mudança 1:

"Dr. Andrey Feuerverger, professor de estatística e matemática da Universidade de Toronto, concluiu uma alta probabilidade estatística de que a tumba de Talpiot seja a tumba da família de Jesus."

Mudou para:

" Dr. Andrey Feuerverger, professor de estatística e matemática da Universidade de Toronto, concluiu (com base nas suposições históricas indicadas) que é improvável surpreender-se com o levantamento de um conjunto de nomes semelhantes sob uma amostragem puramente aleatória”.

Mudança 2:

"Considerando as chances de que estes nomes estariam relacionados juntos numa tumba familiar, este estudo estatístico conclui que a probabilidade – nas bases mais conservadoras – são de 600 para 1 em favor desta ser a tumba da família de Jesus. Uma probabilidade estatística de 600 a 1, significa que esta conclusão pode ocorrer 599 vezes em 600”.

Mudou para:

"Levando em consideração as chances de que estes nomes estariam relacionados juntos numa tumba familiar, este estudo estatístico conclui que a probabilidade, sob a possibilidade aleatória de se observar um conjunto de nomes persuasivos, como este caso, dados os parâmetros populacionais, é de 600 para 1, esta conclusão significa que pode ocorrer 599 vezes em 600.

Mudança 3:

"Um estudo estatístico patrocinado pelas por programas de TV (Discovery Channel/Vision Canadá/C4 UK) conclui que o fator de probabilidade é de 600 para 1 que um conjunto igualmente ‘surpreendente’ de nomes seja levantado puramente por acaso, sob suposições dadas."

Mudou para:

"Um estudo estatístico patrocinado pelas por programas de TV (Discovery Channel/Vision Canadá/C4 UK) conclui que o fator de probabilidade está na ordem de 600 para 1 que um conjunto igualmente ‘surpreendente’ de nomes seja levantado puramente por acaso, sob suposições dadas."

EVANGELHOS APÓCRIVOS

FRANÇOIS BOVON

Professor de história da religião, Universidade de Harvard, participou do filme falando de "Mariamne", do documento do quarto século Os Atos de Felipe.

Os produtores do documentário “O Sepulcro Perdido de Jesus” e seus consultores afirmam, que o nome de Maria Madalena no apócrifo Atos de Felipe é “Mariamne”, e que era também corrente e atual para uma pessoa histórica do primeiro século. Eles se baseiam no importante trabalho do Prof. François Bovon, da Universidade de Harvard, que recentemente discobriu e publicou a primeira cópia completa dos Atos de Felipe.

Entretanto, o Prof. Bovon quer esclarecer que ele não disse em lugar nenhum, que o nome “Mariamne” dos Atos de Felipe, deve ser historicamente ligado à Maria Madalena do primeiro século. Para falar a verdade, os Atos de Felipe apresentam uma afirmação de improbabilidade geográfica de que a figura de “Mariamne” seja irmã de Filipe de Cesaréia e de Martha de Betânia. Na verdade, Bovon propôs que esta Mariamne, que foi evangelizada e batizada, era a mesma pergonsagem envolvida no período onde surgiu a ficção da Sábia Gnóstica e evangelista, mais proximamente ligada a Maria de Magdala dos Salmos de Manichean, o Evangelho de Maria, a o Pistis Sofia.

Baseado numa estória apócrifa como esta, que fala sobre um relacionamento próximo entre Maria Madalena e Jesus, e que concede uma alta proeminência para ela na igreja recente, os escritores de “O Sepulcro Perdido de Jesus” assumiram que Jesus e Maria eram casado e até produziram uma família. Destas três suposições – (1) Aquele nome de Maria Madalena não era Maria ou Mariam, como visto nos Evangelhos, mas preferivelmente “Mariamne”; (2) Aquela Mariamne dos Atos de Felipe é para ser identificada com Maria Madalena, ainda que os Atos de Felipe nunca diga isso explicitamente, e (3) aquele Jesus era casado e gerou uma criança – nenhuma é suportada por alguns dos registros mais antigos que tratam destes indivíduos, a saber os Evangelhos canônicos e Josephus.

Para uma leitura completa, http://www.uhl.ac/blog/

Veja a total “des-responsabilização” de Bovon nesta edição da Society of Biblical Literature Forum http://www.sbl-site.org/Article.aspx?ArticleId=656, que é citada abaixo:

“Desde que fui entrevistado pelo programa do Discovery Channel, “O Sepulcro Perdido de Jesus”, eu gostaria de expressar minha opinião aqui”.

“Primeiro, eu tenho visto o programa e eu não estou convencido de sua tese principal. Quando fui questionado por Simcha Jacobovici e por sua equipe, as questões foram totalmente direcionadas para os Atos de Felipe e o papel de Mariamne neste texto. Eu não fui informado do programa e nem da orientação que seria dada ao script...

“Quarto, eu não acredito que Mariamne seja o nome real de Maria Madalena. Mariamne é, além de Maria ou Mariam, uma possibilidade grega equivalente, atestada por Josephus, Orígenes, e os Atos de Felipe, para a tradução semítica de Miriam.

“Quinto, a Mariamne dos Atos de Felipe é parte do grupo apostólico de Felipe e Bartolomeu; ela ensinou e batizou. No princípio, sua fé é forte como a de Felipe. Este perfil de Mariamne cabe muito bem com o perfil da Mary de Magdala nos Salmos de Manichean, no Evangelho de Maria e no Pistis Sofia. Meu interesse não é histórico, mas no nível das tradições literárias. Eu sugeri esta identificação em 1984, num artigo de estudos do Novo Testamento”.

O fato é que todo o desafio acadêmico desafia suas próprias premissas, era preferível que fosse tratado cientificamente, foi publicamente desmentida pelo núcleo da equipe, membros do filme.

Aparentemente, os únicos participantes no filme que ainda defendem suas premissas, também no livro, são seus produtores (J. Cameron e S. Jacobovici), os escritores do livro (C. Pellegrino e S. Jacobovici) e seu conselheiro histórico James Tabor (autor do recente livro A Dinastia de Jesus, que dá suporte ao filme). Vale salientar que o Discovery Channel cancelou a segunda aparição do filme e postergou o lançamento do DVD. O livro, continua sendo lido apesar de tudo, e não demorou para constar na lista de bestsellers do New York Times.

CONCLUINDO

Porque tantos acadêmicos tiveram que se retratar de suas afirmações neste filme? Diversos fatores afetam a maneira que as indicações dos peritos aparecem no filme.

1. Primeira de todas, quando os entrevistadores faziam uma pergunta, o perito freqüentemente não fazia idéia da direção que aquela discussão tomaria.

2. A entrevista era freqüentemente apresentada na forma de uma solicitação de apresentação da opinião de um expert. Entretanto, o expert não pode reconsiderar os resultados de suas observações iniciais (para verificar mais seus resultados com seus pares e dados adicionais), na direção de prover uma declaração mais exata e resguardada. Observações iniciais, eram somente isso. Conclusões finais podiam ser arquivadas com a passagem do tempo no laboratório e na biblioteca.

3. Há sempre uma edição a mais das entrevistas, em que edição e re-contextualização das declarações dos acadêmicos, pelos produtores, iria criar uma série de impressões enganadoras.

EQUIPE DA UHL

sábado, abril 07, 2007

O Sepulcro escondido: Templo do Senhor ou Templo de Augustus?

Desculpem-me se a tradução não está tão boa, como nunca fiz nenhum curso de inglês tenho muitas limitações nesta área. Mesmo assim, creio que dá para entender bem o assunto.
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Templo do Senhor ou Templo de Augustus?
Por R. Kirk Kilpatrick, Ph.D.

Moeda de Herodes Philipe (Museu Britânico)
http://www.livius.org/he-hg/herodians/philip.htm

Inicialmente, quando eu vi os “símbolos” da então chamada “insignia e círculo”, como são decorações da tumba, eles devem estar associados com o Templo do Senhor, em vez de estarem associados com o suposto sepulcro perdido de Jesus, que no documentário faz parecer algum símbolo misterioso do cristianismo recente.

Enquanto eu continuo rejeitando totalmente o embaraçoso sensacionalismo que o filme reivindica para a marca da fachada do “sepulcro perdido”, penso que a primeira associação é mais plausível.

Após identificar a similaridade nas moedas de Herodes Philipe II, fiz uma associação que deve ter sido muito precipitada com o “portão de Nicanor”. Naquele tempo era freqüente associar às tumbas, os motivos decorativos dos templos.

Considerando os nomes dos que estavam juntos naquela tumba, com a proximidade de Jerusalém, o templo em Jerusalém parece-me mais provável. Ainda, o Templo do Senhor era comumente descrito com um “telhado liso” e não com um “telhado lançado”. Embora exista um exemplo numa lâmina do quarto século, encontrada no cemitério da Via Labina em Roma, ainda que tardia (quarto século), mostrando o templo do Senhor com um “telhado lançado”. De qualquer modo, a altura do portico de Ulam deve ser mais alta que qualquer outra parte do templo.

O portão de Nicanor tem sido descrito muitas vezes com um traço de “telhado lançado” (acima da entrada ou acima das colunas descritas na fachada). Eu sugiro no último apontamento que é preferível crer que as pessoas no sepulcro são judeus. A moeda de Herodes Philipe II, em minha opinião, deve ser a descrição do templo de Jerusalém e não do templo de Augustus como é normalmente tratada.

Sobre uma reflexão e uma pesquisa adicional, eu acredito que uma outra possibilidade deve ser considerada:

O Templo de Augustus. A moeda de Herodes Philipe II (veja exemplos de moedas catalogadas como Hendin 531, 532, 533, 534, 535, 538, 539, etc.) exposta no Caesarea Philippi (?) acima e no ultimo post neste blog é quase universalmente associada com o Templo de Augustus, no território da numismática (Meshorer, 76-77; Roller, 191). Veja Hendin 530 onde a feição do escudo é ampliado (aqui). Pensa-se que o templo apareceu neste lugar, em “Sebaste”, como um templo de “tetraestilo” (quarto colunas – ainda que possivelmente ampliado até certo ponto para ser “peristyle”— seix colunas — pela frente e cercado por colunas como o visto em Caesarea Maritima). Desta maneira o templo “tetraestilo” de Augustus (com os motivos do escudo combinados com o “círculo”) pode ser visto em Pula, Croacia:

Note a elevação, o escudo circular sob o “telhado lançado”, exatamente como descrito na moeda de Herodes Philipe II e combinando claramente com a fachada do suposto sepulcro de Jesus.

Enquanto o templo do Senhor, em Jerusalém, também era “tetraestilo” (possivelmente pelo relevo no portico de Ulam) na descrição (da mesma maneira o exemplo abaixo, do tempo de Shimon Bar Kochba) não há nenhuma evidência do mesmo desenho de escudo (insígnia, círculo) abaixo do telhado lançado.

Outro exemplo de templo para Augustus pode ser visto na representação do artista, encontrado em Ankara, com a mesma característica (oito colunas).

Sumário das Considerações: A ocorrência deste “símbolo” ou motivo arquitetural suscita muitas questões a respeito do suposto sepulcro de Jesus Cristo. Quem são aqueles enterrados dentro? Por que os judeus quereriam ser associados com o templo de Augustus? Eram eles judeus herodianos? Eram eles cidadãos romanos que desejavam associar-se com o imperador? Ou eles apenas estavam utilizando uma simbologia ordenada por Herodes para todas as construções similares? Esta é uma característica principal ou secundária das fachadas da tumba?

Herodes usou estes símbolos na fachada do Templo do Senhor? Ou sobre o portão de Nicanor? Ou na entrada do Royal Stoa (também tetraestilo)? Não há nenhuma evidência contundente para isso em tais lugares. Entretanto, há evidências concretas desta evidência para esse design com relação ao templo de Augustus.

Aparentemente as pessoas enterradas ali se identificavam com a dinastia de Herodes, ou com o templo de Augustus.

O cristianismo recente não declara “César é o Senhor”. Ao contrário ele declara “Jesus Cristo é o Senhor” mesmo em face ao martírio. Esse simbolismo na porta da tumba retrata o culto de César Caesar, parece incabível para cristãos maduros. Parece ser o sepulcro antigo de alguns devotos de César.


segunda-feira, abril 02, 2007

Suposto sepulcro de Jesus: A misteriosa insígnia e o círculo

Moeda de Herodes Phillipe, 4 a.C.- AD 34
www.JerusalemCoins.com


Fachada do Portão de Nicanor
Com o templo ao fundo


Moeda de Herodes Philipe (Museu Britânico)

Por R. Kirk Kilpatrick, Ph.D. (Artigo em Inglês)

Há dois símbolos na fachada do suposto sepulcro de Jesus Cristo, uma insígnia em forma de V ao contrário e um círculo, que está dentro desta insígnia, onde o documentário afirma serem símbolos do cristianismo.
Entretanto, não são símbolos tão recentes...

Nas moedas acima (Herodes Phillipe) a "insignia e o círculo", a estampa, é claramente visível como um retrato da fachada do portão de Nicanor, no templo de Deus em Jerusalém. O portão de Nicanor marca o fim da peregrinação do povo de Israel à Terra Prometida. Os quinze últimos degraus são relacionados com os “Salmos dos Degraus”. A entrada da tumba também representa o fim da peregrinação.

Essa representação arquitetural aponta para o serviço de adoração no templo; e significa que aqueles que foram enterrados naquela tumba eram judeus praticantes. Ainda que não seja impossível que fossem judeus-cristãos (que passavam a maior parte do tempo reunidos na “varanda de Salomão”). Mesmo assim, dado o número de judeus para cristãos ser bem maior no tempo que os ossuários eram utilizados, penso que uma representação estatística não justifique nada, sendo mais interessante crer que era uma simples tumba judaica.

Mas, e o código de Pontormo? Ou, o Olho-que-tudo-vê? Ou, os Cavalérios Templários? Isto é onde a teoria da conspiração se encontra com a arqueologia em minha opinião. Se eles não podem, fico eu mesmo ruborizado por eles…

Talvez seja uma família sacerdotal, ou uma família que participou da restauração do templo (Macabeus? - veja em outro artigo meu, a respeito das possibilidades dos nomes nos ossuários serem Hasmonianos/Macabeus). Ou, talvez, sejam apenas uma família bem praticante que amava adorer a Deus no templo. Certamente o verso que vem a mente no salmo de Davi (23), “e habitarei na casa do Senhor por longos dias”.